02/06/22

Os 70 anos da Esquadrilha da Fumaça

Uma das mais admiradas equipes aeronáuticas do planeta completa sete décadas de muita coragem e manobras de fazer prender a respiração

Tempo de leitura: 5 minutos

Por Avantto 

Tudo começou como uma “brincadeira”: nas horas vagas, jovens instrutores de voo da antiga Escola de Aeronáutica, no Rio de Janeiro, pegavam um dos aviões de treinamento – modelo North American T6 – e realizavam loopings e tonneaux (movimento em espiral) para incentivar os cadetes aprendizes a confiar na segurança das aeronaves e testar seus limites. 
 
A ideia estimulou a criação de uma apresentação oficial de acrobacias aéreas em grupo, no ano de 1952. No ano seguinte, para dar maior visibilidade às manobras, foi incorporado um tanque de óleo exclusivo para produzir a tal fumaça, levando a criação do nome: Esquadrilha da Fumaça. 

Com a evolução das manobras e atrações como escrever palavras no ar – a primeira foi a sigla “FAB”, nos céus de Copacabana –, o público dos shows aéreos foi crescendo e a companhia foi transformada em “Unidade Oficial de Demonstrações Acrobáticas da Força Aérea Brasileira”, em 1963. Os aviões utilizados também foram sendo substituídos por mais modernos: Super Fourga Magister (1972), EMB Tucano (1983) e os atuais A-29 Super Tucanos (2013).

(Créditos: Divulgação/FAB) 
 
Após uma breve pausa nas atividades em meados dos anos 1970, a esquadrilha muda de nome, vira Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) e retorna aos céus na década seguinte, agora sediada na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, interior de São Paulo. 

(Crédito: Divulgação FAB) 
 
Em toda a sua história, a Esquadrilha da Fumaça acumula números impressionantes: foram mais de 3.940 apresentações em todos os estados brasileiros e mais 21 países. Uma das mais recentes aconteceu no dia 11 de maio passado, em Santa Catarina, com 140 mil espectadores. 

Suas manobras são reconhecidas mundialmente: em 2006, o esquadrão bateu o recorde mundial de voo invertido em grupo, com 12 aeronaves voando com o dorso para baixo por 30 segundos – um feito que ganhou registro no Guinness Book, em 2017. 

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