11/05/23

Hotspots: vinhos na Argentina

Um roteiro sofisticado de enoturismo por três regiões do país: Norte, Mendoza e Patagônia. E com dicas sobre como chegar de Avantto. 

Tempo de leitura: 7 minutos 

Por Avantto 

A Argentina é um dos maiores e mais tradicionais produtores de vinho do mundo. Segundo a Organização Internacional do Vinho (OIV), o país foi o quinto maior produtor da bebida em 2022, com 5% de todos os rótulos colocados no mercado – atrás apenas da Itália (19%), França (18%), Espanha (14%) e Estados Unidos (9%). 

Está também no top 10 dentre os 200 maiores mercados consumidores, com 830 milhões de litros no ano passado. A história da tradição vitivinífera argentina remonta à chegada das primeiras mudas com os imigrantes espanhóis, no século 16. Dois séculos depois, foram os italianos a trazer outras cepas. 

As uvas que melhor se adaptaram ao terroir e clima locais foram a bonarda, torrontés e malbec. Dentre as principais regiões produtoras da bebida estão Salta (Norte), Mendoza (Centro Oeste) e Vale do Rio Negro, na Patagônia (Sul) – cada qual com sua peculiaridade e repletas de vinícolas com excelentes vinhos e infraestrutura de hospitalidade. 

A seguir, acompanhe um roteiro sobre estas três áreas e dicas de propriedades para visitar, com todas as orientações para viajar com a Avantto.

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Salta (Norte) 
Conhecida por abrigar os vinhedos mais altos do mundo, entre 1.000 e 3.500 metros acima do nível do mar, suas províncias têm solo desértico, poucas chuvas, insolação elevada e clima seco. Em Cafayate, por exemplo, há cerca de 50 vinícolas – incluindo a mais antiga do país –, muitas delas produzindo vinhos Torrontés, a uva branca mais reverenciada do país. 

Entre as bodegas mais importantes estão a Piatelli Vineyards, Vasija Secreta e Colomé (de 1831). Em sua maioria, as propriedades possuem infraestrutura completa para turistas, com experiências como degustações orientadas, passeios a cavalo ou bike pelos vinhedos e participação nas colheitas.  

Quanto a hospedagem, há opções com perfis distintos. Para quem busca conforto urbano, o hotel boutique Legado Mítico é a opção: fica na própria cidade, poucos quartos e muito charme. Se a ideia é uma imersão no mundo do vinho, a Bodega El Esteco conta com um hotel anexo, o Patios de Cafayate: belíssima construção de 1892, com 32 quartos, em meio aos vinhedos. Por fim, o La Merced del Alto é um hotel-refúgio estiloso com gastronomia típica andina aos pés das cordilheiras. 
legadomitico.com/salta 
patiosdecafayate.com.ar 
lamerceddelalto.com 

Como chegar: 
Aeroporto Internacional Martín Miguel de Güemes, Salta 
Coordenadas: 24º 51’ 21” S/ 065º 29’ 10” W 
Tempo de voo: 03h20 (Partida de São Paulo) 
Aeronave indicada: Embraer Phenom 300

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Mendoza (Centro-Oeste)
A região de vinhos mais famosa da Argentina é responsável por 70% da produção da bebida no país. São 160 mil hectares de vinhedos – a maioria, irrigada com água do degelo dos Andes –, distribuídos em diversas sub-regiões e sob diversos microclimas, o que permite o plantio de uma rica variedade de uvas. Aquela que melhor se adaptou ao terroir foi a casta francesa Malbec, trazida em 1853 pelo engenheiro agrônomo Michel Pourget. Para enólogos, a qualidade deste vinho argentino supera, em muito, ao produzido no país de origem da uva. 

Dentre os produtores mais reverenciados estão as bodegas Catena Zapata, Rutini, El Enemigo, Escorihuela Gascón, Viña Cobos e Salentein. Bem desenvolvida, Mendoza tem infraestrutura turística repleta de serviços e opções de hospitalidade.

Para uma experiência superlativa, o Park Hyatt Mendoza é imbatível, com sua fachada em estilo neoclássico francês, alta gastronomia e vinhedos próprios. No The Vines Spa & Resort, no Vale do Uco, a grande atração – além das paisagens – está na cozinha do restaurante Siete Fuegos, com menu criado pelo chef Francis Mallmann. Outra proposta é o Entre Cielos Wine Hotel & Spa Hamam: além de suítes e lofts luxuosos, o hotel boutique oferece um ‘glamping’ sofisticado em meio aos vinhedos. 
hyatt.com 
vinesresortandspa.com 
entrecielos.com 

Como chegar: 
Aeroporto Internacional El Plumerillo, Mendoza 
Coordenadas: 32º 49’ 54” S/ 068º 47’ 34” W
Tempo de voo: 03h55 (Partida de São Paulo) 
Aeronave indicada: Embraer Phenom 300 

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Patagônia (Sul)
Os ‘vinhedos do fim do mundo’ ocupam as regiões do Valle do Río Negro, Neuquén e La Pampa. Em comum, todas apresentam temperaturas frias o ano inteiro, boa insolação, solo arenoso e propriedades entre 300 e 500 metros acima do nível do mar. 

As uvas Pinot Noir e Malbec se aclimataram bem ao clima, resultando em vinhos elegantes e de grande personalidade. Outras castas como a Chardonnay e Gewürztraminer também tem alcançado boa consistência neste extremo do continente. As vinícolas mais conceituadas são as bodegas Chacra, Sarmiento, Favretto, Humberto Canale e Aniello. 

Em Neuquén, a capital patagônica do vinho, opções de hotéis de cidade, como o Hilton Garden Inn e estilo lodge, caso do Río Hermoso Hotel de Montaña em Neuquén. Existe a alternativa de esticar a Bariloche? A dica é o Arelauquen Lodge, do grupo Marriott.
hilton.com 
riohermoso.com 
marriott.com 

Como chegar: 
Aeroporto Internacional Presidente Perón, Neuquén 
Coordenadas: 38º 56’ 56” S/ 068º 09’ 20” W
Tempo de voo: 04h25 (Partida de São Paulo) 
Aeronave indicada: Embraer Phenom 300 

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